quinta-feira, 30 de abril de 2009

Pessoas


Porquê proibir a entrada de pessoas?
Eu quero pessoas na minha vida.
Novas e velhas.

Bons caminhos!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Coisas que gosto


Gosto muito de sushi. Muito.
Gosto dos pequenos pratos, gosto do molho de soja, gosto do chá verde, gosto do gelado de chá verde. Gosto de sushi.
Gosto de mim. Quero gostar cada vez mais de mim.
Não gosto de esperar pelas agendas dos outros. Não gosto de faltas de educação, não gosto de ser um problema pessoal que não merece ajuda.
As coisas que eu aprendo todos os dias!

Bons caminhos!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cartão do cidadão


Hoje fui fazer o meu cartão do cidadão. O avanço que dei ao meu tricot na fila que tive de esperar!
Na minha opinião o simplex foi uma excelente ideia, um só cartão.
Nem posso acreditar que daqui a uns meses vou ter de lá voltar para tirar um novo com as minhas novas caracteristicas!
Bons caminhos!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tricot



Há muito tempo que não fazia e voltei... estou a fazer tricot de novo.

Gosto de ser automático, mecânico, gosto de não ter de pensar muito. Ou melhor de meditar então tricoto!

Bons caminhos!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Casamento

Quando me casei pensava que me estava a casar para sempre.
Penso que no geral as noivas todas pensam isso. Eu pensava.
Fui muito feliz com o meu noivo antes do casamento e depois do casamento. O meu marido fez me feliz durante muito tempo depois do casamento.
Amava-o muito.
Tive um pedido de casamento muito romântico digno de uma verdadeira princesa.
Tive um noivado muito bonito.
Tive uma festa de casamento como todas as festas de casamento devem ser. Inesquecível. Isso ninguém me tira.
Nunca sonhei em casar nem no vestido de noiva nem na festa. Nada.
Mas diverti-me muito estava muito bonita estive rodeada de amigos e família foi uma festa linda.
Acho que as noivas todas deviam ter festas destas.
Não tive lua-de-mel por razões de trabalho.
O meu casamento acabou. Foi e ainda está a ser muito muito sofrido.
Para dançar são precisos dois e os dois falhamos e muito.
Sem culpa. Eu falhei e de que maneira. Cresci num sentido e quero companhia. Preciso de sentir uma segurança que nunca senti.
Mas recebi muito amor, muito apoio durante o meu caminho, um apoio tão grande que foi absolutamente fundamental sem ele nada do que sou hoje seria.
Aprendi lições para várias vidas e sempre terei uma tristeza enorme por não se ter cumprido um sonho.
Não tenho mágua nenhuma.

Bons caminhos!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

For your eyes only


Sou só eu que penso assim ou será que há mais quem pense que ler e contar o que se lê é muito feio?
Bons caminhos!!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Escolhas ....


Como eu agradeço a mãe que tenho.
Como a adoro de todo a minha alma.
Como me ajuda sempre.
Mesmo em escolhas dificeis.

Bons caminhos!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Paz

Procuro paz.
Paz interior e paz exterior.
Será assim tão dificil?
Segurança que amanha o mundo não desaba todo.
Paz.

Bons caminhos!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O meu fim-de-semana

Adoro morangos.
Adoro frutos vermelhos mas gosto especialmente de morangos.
Gosto de compota de morango.
Alias é a única compota que consumo.
Este fim-de-semana fiz como a formiga, a guardar para o inverno e fiz tudo o que havia para fazer com morangos: compota, sumo, polpa, pickles e gelado.
Nos dias frios que virão bem me vai saber.
Por achar que não controlo a minha vida mas que a vida me controla a mim foi me sugerido ler o livro “O escafandro e a borboleta” e ver o filme com o mesmo nome.
Amei os dois. Nem sei qual mais.
Acho que o filme.
Como tudo se torna pequeno quando em comparação? Para quê mapear a vida se ela faz como quiser.
Para eu maníaca do controlo da minha vida aterrador a experiência.

Bons caminhos!




O escafandro e a borboleta
Jean-Dominique Bauby, nascido em 1952, pai de dois filhos, era redactor-chefe da revista francesa Elle quando foi vítima de um locked-in syndrome, uma doença rara, que o deixou lúcido intelectualmente, mas paralisado por completo, só podendo respirar e comer por meios artificiais e mover o olho esquerdo.
Com este olho piscava uma vez para dizer sim e duas vezes para dizer não. Com ele chamava também a atenção do seu visitante para as letras do alfabeto, formando palavras, frases, páginas inteiras. Assim escreveu este livro: todas as manhãs, durante semanas, decorou as suas páginas antes de ditá-las, depois de as ter corrigido mentalmente durante a noite.

"Por trás da cortina de pano roída pelas traças, uma claridade leitosa anuncia a aproximação da manhã. Doem-me os calcanhares, sinto a cabeça apertada num torno, e todo o meu corpo está encerrado numa espécie de escafandro. O meu quarto sai lentamente da penumbra. Observo pormenorizadamente as fotografias dos meus queridos, os desenhos das crianças, os cartazes, um pequeno ciclista de folha enviado por um camarada na véspera do Paris-Roubaix, e o cavalete que sustenta a cama onde estou incrustado há seis meses como um bernardo-eremita sobre o seu rochedo.
Não preciso de reflectir durante longo tempo para saber onde me encontro e recordar-me de que a minha vida sofreu uma reviravolta naquela sexta-feira, dia 8 de Dezembro do ano passado. Até essa altura, nunca tinha ouvido falar do tronco cerebral. Naquele dia descobri abruptamente essa peça fundamental do nosso computador de bordo, passagem obrigatória entre o cérebro e os terminais nervosos, quando um acidente cardio-vascular me deixou o dito tronco fora do circuito. Antigamente chamava-se-lhe “ligação ao cérebro” e a sua falta provocava muito simplesmente a morte. O progresso das técnicas de reanimação tornou o castigo mais sofisticado. É possível escapar, mas mergulha-se naquilo que a medicina anglo-saxónica baptizou muito justamente com o nome de locked-in-syndrome: paralisado da cabeça aos pés, o paciente fica encerrado dentro de si próprio, com o espírito intacto e os batimentos da pálpebra esquerda como único meio de comunicação.
Evidentemente, o principal interessado é o último a ser posto ao corrente dessas prerrogativas. Pela minha parte, tive direito a vinte dias de coma e algumas semanas de nevoeiro antes de me aperceber verdadeiramente da extensão dos danos. Só emergi verdadeiramente no fim de Janeiro, neste quarto 119 do Hospital Marítimo de Berck, onde agora penetram os alvores da madrugada.
É uma manhã vulgar. As sete horas, o carrilhão da capela recomeça a pontuar a fuga do tempo, de quarto em quarto de hora. Após a trégua da noite, os meus brônquios obstruídos põem-se a roncar ruidosamente. Crispadas sobre o lençol amarelo, as minhas mãos incomodam-me, sem que consiga determinar se estão a arder ou geladas. Para lutar contra o anquilosamente, desencadeio um movimento reflexo de alongamento que faz mover os braços e as pernas alguns milímetros. Tanto basta, por vezes, para aliviar um membro dorido.
O escafandro torna-se menos opressivo e o espírito pode vagabundear. como uma borboleta. Há tanta coisa a fazer. É possível elevar-me no espaço ou no tempo, partir a voar para a Terra do Fogo ou para a corte do rei Midas. É possível ir visitar a mulher amada, deslizar junto dela e acariciar o seu rosto, ainda adormecido. É possível construir castelos no ar, conquistar o Tosão de Ouro, descobrir a Atlântida, realizar os sonhos de criança e os sonhos de adulto.
Basta de dispersão. É sobretudo necessário que eu componha o início deste diário de viagem imóvel, para estar pronto quando o enviado do meu editor vier recolher este ditado feito letra a letra. Na minha cabeça, mastigo dez vezes cada frase, corto uma palavra, acrescento um adjectivo, e decoro o meu texto, parágrafo a parágrafo.
Sete e meia. A enfermeira de serviço interrompe o curso dos meus pensamentos. Segundo um ritual bem ensaiado, corre a cortina, verifica a traqueotomia e o gota-a-gota, e acende a televisão com vista à obtenção de informações. De momento, um desenho animado conta a história do sapo mais rápido do Oeste. E se eu formulasse o voto de ser transformado em sapo?"

Bauby faleceu a 9 de Março de 1997, mas deixou este seu testemunho impressionante, bem escrito, e melhor traduzido, do que é ter um intelecto vivo dentro de um corpo morto.

Jean-Dominique Bauby, O escafandro e a borboleta, Livros do Brasil, 1999


Realmente o ser humano é muito peculiar. Digo isto depois de ter assistido ao filme “O escafandro e a borboleta”. O filme tem como protagonista Jean-Dominique Bauby, editor da revista Elle. Jean é do tipo de pessoa que gosta de curtir a vida, de estar sempre com mulheres lindas e andar em carros possantes, porém, como até já vimos muito no cinema, ele sofre um derrame que o deixa completamente paralisado, lhe restando apenas os movimentos de seu olho esquerdo e a audição. Esta experiência o faz ver as coisas de outra forma (como seria de se esperar), mas sem perder o bom humor.
Eu sei que este enredo tem tudo para ser mais um daqueles clichês cinematográficos que já viraram motivo até de chacotas por parte dos cinéfilos mais “puristas” se não fossem dois detalhes: o fato da história ser real e do director do filme, Julian Schnabel, se utilizar de um recurso interessantíssimo para filmar. Durante pelo menos os 20 minutos iniciais do filme o espectador tem a sensação de estar vendo como o protagonista da história via, apenas com seu único olho sadio.
A perspectiva que o filme adquire é fantástica, nos dando a sensação de impotência diante dos acontecimentos que ocorriam em torno de sua cama. Nem mesmo o protagonista sabia o que havia ocorrido, já que sua consciência se apresentava completamente lúcida e sem a lembrança do momento do derrame. A agonia da impotência é algo marcante no filme até que, aos poucos, seu olho se torna o único meio de comunicação entre o interior e o exterior e é exactamente por meio deste que Jean-Dominique escreve sua história, através de piscadas e de um sistema de codificação.
Além destes dois elementos que citei tenho que falar de um terceiro; a actuação de Max von Sydow como o pai de Jean. Para mim uma das melhores interpretações que já vi no cinema. Apesar da curtíssima aparição a força de sua expressão é de tal forma arrebatadora que percebi finalmente porque Ingmar Bergman fez tantos filmes como ele.
Mas o que quis dizer com minha frase lá do começo afinal?
Bom, assistir a um filme destes faz com que você pense em tais dificuldades, como seria se fosse com você e etc. e logo toma conta do espírito uma espécie de agradecimento interior por ter seus movimentos, por poder sentir o vento, andar, tomar um café depois da sessão sem precisar de tubos ou enfermeiras.
Mas isto não dura mais que alguns minutos. Logo o quotidiano reassume seu domínio e aquele filme, que deveria ter sido um aprendizado sobre os valores da vida logo desaparece na primeira discussão com o flanelinha que “guardou” seu carro.
Isto é peculiar e me deixa profundamente irritado, o fato de nunca agradecermos por nada, apenas desejar, pedir, querer e as coisas que muitas vezes são as mais importantes não conseguimos enxergar…nem com os dois olhos sãos!
Procure assistir o filme e verifique se este mesmo sentimento se apodera de você e por quanto tempo! Vale pelo filme, vale pela experiência.

O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre et le Papillon)
País: Estados Unidos/França
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Jean-Dominique Bauby (romance), Ronald Harwood (roteiro)
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny, Patrick Chesnais, Niels Arestrup, Olatz López Garmendia, Max von Sydow

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A mudança


Quanto tempo demora a lagarta a transformar-se em borboleta?
Ainda faltará muito tempo?
Bons caminhos!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Onde está? Como se encontra?


Alguem sabe como se encontra a janela que Deus abre quando fecha a porta?
Bons caminhos!!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Recomendação



Porque gostei muito, muito vale muito a pena, porque todos deviam ver, porque são uma guerreiras, porque me revi em tudo, porque são amadores, porque gostei muito, aqui fica a sugestão… no sábado fui a Rio Maior ver a peça de teatro “Rosa Esperança” sobre sobreviver ao cancro… vão ver.

Bons caminhos!!

Tanta coisa se passou nem sei por onde começar... devagar!










Estive fora algum tempo... tanto tempo me parece!
É curioso voltar a um local onde fomos felizes passado tempo… nós mudámos o local não mas apercebemo-nos… ou talvez seja só eu que afinal não é o local que é especial são as pessoas, somos nós no local que o fazemos felizes.
Acho que não devemos voltar a um sítio que temos memórias boas, elas devem ficar como memórias, esse deve ser o sítio delas.
Se há sentido meu que não é particularmente estimulado nem particularmente sensível, nem eu me importo muito com isso… é a audição. Há pessoas que têm musicas preferidas têm memórias com musica etc, eu não, eu tenho isso tudo com cheiros com gostos. Mas há uma música que sempre me arrepia, me emociona… “Amazing grace”.
Quando tinha graça pensar nisso… pensava para mim quando um dia morrer gostava de ter tocadores de gaita-de-foles a tocar essa música enquanto o meu corpo desce à terra… tétrico? Sem duvida.
Hoje não quero morrer por isso não quero nem saber de tocadores de gaita-de-foles!
Mas um destes dias enquanto estive pela Escócia passeava eu de noite tentando encher a bateria das lembranças começo a ouvir longe longe uma gaita-de-foles a tocar precisamente essa música. Sentei-me no passeio e fiquei arrepiada a sentir tudo. Não vi o tocador de gaita-de-foles, devia estar longe mas emocionou-me à mesma.
Aqui fica o link para quem … também gosta da música!







sexta-feira, 3 de abril de 2009

Caminhos a seguir


Nada como mudar.
Nos proximos dias é aqui que estarei em trabalho caminhando entre as brumas.
Quando voltar que caminhos haverá para contar?

Bons caminhos!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Saber


Acho que sempre fui uma excepção na vida em muitas coisas e esta é mais uma.
Eu adoro aprender.
Adoro.
Há centenas de coisas que quero aprender: a falar japonês, a escrever e falar mandarim, a mergulhar, a dançar bem, a costurar, a representar, a escrever, a dançar o tango, a cozinhar japonês, a saber decorar bolos, a saltar de pára-quedas etc etc.
Nunca acho que é tarde para aprender nem me inibo de sair da minha zona de conforto e de ir aprender. Muitas vezes sinto que as pessoas que me conhecem estranham a minha atitude.
Porquê?
É suposto um adulto saber tudo?

Bom caminho?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Noção de tempo!


Serei só eu que acha que há duas velocidades do tempo passar?
Há o tempo que se mede com o relógio, e que nos leva a comer, a dormir, a trabalhar, que faz o tempo andar e as contas para pagar, e as estações do ano, e o tempo da vida que anda?
O tempo do relógio demora 24 horas e às vezes anda tão depressa que nem se queria parar o tempo para ter tempo de fazer tudo o que o tempo não deixa.
O tempo da vida que anda esse não… esse não anda nada depressa… ou melhor esse meu tempo tem andado bem devagar.
O tempo da vida que queríamos, o tempo da vida que desejamos, o tempo que esperamos há muito tempo, esse demora a vir.
Será porque queremos controlar o que não têm controlo? Será que queremos aquilo que não temos o direito de querer?
Será que tudo têm o seu tempo de acontecer?

Bom caminho!